Em uma entrevista recente, não lembro para qual revista, a Mara Gabrilli disse que só Acessibilidade não resolve. E não resolve mesmo.
Vou explicar na prática o motivo:

Esses lugares mostrados nas fotos acima, mostram uma preocupação com acessibilidade, porém, as pessoas que trabalham nesse lugar não sabem para que serve “um sanitário maior que os outros” e acabam utilizando como depósito, almoxarifado,espaço para massagem, descanso depois do almoço, etc.
Nesse caso, o problema é de gestão. Quando há um treinamento esse tipo de atitude dificilmente acontece.
É inacreditável, mas eu já vi um segurança dando um cochilo depois do almoço em um sanitário acessível!
E já vi também em uma agência bancária funcionários utilizando o sanitário acessível como sala de massagem, com maca, incenso, música ambiente e massagista! Pediram para que eu esperasse 10 minutinhos para que a massagem acabasse para eu poder entrar e vistoriar. A foto não ficou boa, mas dá pra ver a maca e o som em cima do lavatório.

É preciso orientar as pessoas, além de ter um lugar acessível.
Estive na Koda Consultoria e, eles estão interessados em treinar principalmente porteiros e seguranças para atender pessoas em cadeiras de rodas, idosos, pessoas com carrinho de bebê, deficiêntes visuais, enfim.
Como abordar essa pessoa com deficiência? Por que um sanitário acessível deve esstar sempre livre de obstáculos? Devo oferecer ajuda? Todas essas respostas tem que estar bem claras para funcionários, porteiros e seguranças em geral. E eu achei muito interessante essa iniciativa inédita! Ninguém melhor do que uma empresa especializada em “segurança” para abordar este tema.
Um elevador deve sempre atender uma pessoa em cadeira de rodas, grávidas, idosos, pessoas que estão com o pé quebrado… Mas as vezes o elevador está lotado de pessoas que NÃO tem essas características, e quem realmente precisa não usa.
O corrimão existe para dar segurança, e não para pendurar tapete para secar, guarda-chuva, enfeites natalinos, etc.

Mesmo sabendo que a edificação não é acessível, as pessoas devem estar atentas e mostrar boa vontade para ajudar uma mãe entrar com o carrinho de bebê, por exemplo.
As plataformas elevatórias devem estar sempre funcionando (o que é raro), e os funcionários devem saber manusear o equipamento.
Resumindo, uma edificação acessível é inútil sem a conscientização de TODAS as pessoas.
😀
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